domingo, 12 de agosto de 2012

Olá, meu tio Antonio Green!

 

Depois de algum tempo te escrevo. Podes perguntar, por que o motivo que somente agora?
Pode até pensar que não pensei em ti...
Mas a realidade é que doeu muito sua partida! E neguei-me tocar no assunto.
Não que não doa hoje... Dói sim! Uma saudade...
Eu adorava sua companhia... Pra mim era um homem especial.
Mesmo doente lutou muito, pois amava a vida e tua família.
Parecia frágil, mas era forte! Muito forte para aguentar os reveses da vida!
Eu te amo, pois é meu sangue, nunca fez pouco de mim, sempre me tratou muito bem.
Eu te amo, porque tinha um coração bom, era alegre e com suas piadas fazia-me rir!
Hoje sei que na outra vida, aquela que acredito, após a morte... Minha avó Madalena e meu avô Guilherme devem estar muito felizes com todos os filhos reunidos.
E quando eu aí chegar quero ver todos e abraça-los. E sentar em um lugar contigo meu tio, sem as preocupações tão em vão daqui da terra, e ouvi-lo contar suas histórias e piadas.
Eu acho que voltei uma vez ou duas em tua casa, saudades da tia que embora não saiba amo também, pois é uma mulher guerreira, digna e maravilhosa mãe.
Porém tio, voltar lá e entrar na casa e não vê-lo, dói muito. Olhar em volta poder até senti-lo, mas não vê-lo... Sentar lá fora, naquele banco. E depois quando era hora de ir embora escutá-lo falar que era a ultima vez, nem sempre foi à última vez... Mas teve o momento que foi a última vez... Voltar chorando um bom pedaço do caminho.
Tio dói demais...
E não é justo ter dor ao lembrar-se de uma pessoa que me fazia sorrir.
Quando vou a Borborema, vou te vê-lo. Sei que é apenas um tumulo com foto, mas penso vai se ele me vê... Certamente saberás que não o esqueci, e que aqui dentro de mim o amor pelo senhor é o mesmo acompanhado com muita saudade.
Tio, eu estou estudando sobre espiritismo e psicografia... Assim pensei... Essa é uma psicografia daqui pra lá... Pois não entendo essa “frescura” de o telefone só tocar de lá pra cá... De permissões... Até parece que lá é uma prisão. Oras se morremos para nós libertar, porque de tantas proibições. E mesmo não sabendo de nada, não entendo nada eu acho que o senhor vai ler minha mensagem, fiz com amor e acho que a única coisa que consegue atravessar a barreira vida-morte é o amor.
E que Deus te acolha, cuide-o e proteja-o. Quando for a hora nos veremos, pois estar junto acho que estou a todo o momento contigo e todos os meus. Com amor de sua sobrinha.
 
KHASSANDRA GREEN
12/08/2012 - Código do texto: T3826703
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