quinta-feira, 6 de outubro de 2011

RIO PARAGUAI E CÁCERES – Amor infinito! 233 anos...

 


Num lindo bosque encantado, cercado por montanhas e lindas cachoeiras, havia uma tribo indígena, onde viviam todos em perfeita harmonia.
Nessa tribo havia o pajé, pai de duas lindas índias, Cáceres e Caninana, entretanto havia uma diferença entre as duas, enquanto Cáceres tinha um coração bondoso, a outra extremamente má.
Cáceres possuía uma rara beleza, seus olhos e cabelos eram negros como a noite sem luar, tua pele tinha o frescor das frutas silvestre, o lindo sorriso iluminava a todos como um raio no céu a riscar e possuía uma doçura do néctar das flores.
Caninana embora muito bela, seu coração ardia à inveja da alegria de viver de Cáceres, que com seu jeitinho meigo fazia amizade com os demais da tribo e até mesmo com os animais.
Um dia, Cáceres passeando pelo bosque e contemplado as cachoeiras, acariciando as flores em seu manto verde, escutando o cantar dos pássaros e os raios do sol a cintilar sobre as lindas borboletas em seus majestosos voar, encontrou um rapaz desmaiado, quase sem vida. Cáceres buscou ajuda, e com a permissão do Pajé, começou cuidá-lo com carinho para sua vida salvar, e o curandeiro da tribo ajudou-a com suas ervas infalíveis e suas orações aos espíritos da mata e o deus Sol.
Caninana a distância morria de inveja e raiva de sua irmã ter encontrado o rapaz que era tão belo.
O rapaz agonizou algumas luas, e Cáceres não deixava teu leito. Porém um dia ele despertou, e ao abrir seus olhos azuis como as águas das cascatas límpidas, se depararam com os negros olhos de Cáceres... E foi amor à primeira vista! Seu nome era Paraguai, príncipe de um reino distante, e se perdeu na floresta... Andou sem rumo dias e dias, alimentando-se somente de frutas silvestres. O rapaz possuía a brancura de uma garça banhada pelo luar e seus cabelos com a cor das penas de um bem-te-vi.
O tempo foi passando... Cáceres e Paraguai enamoravam apaixonadamente através do olhar, trocavam experiências de suas culturas.
Espreitava-se Caninana ao olhá-los a distancia, com sua ira e ciúmes de vê-los felizes, pois ela não suportava ver a felicidade dos outros. Dentro dela havia lugar só para infelicidade e maldade.
A delicadeza de Cáceres tomou o coração do jovem príncipe, sendo esse amor recíproco.
Caninana invocou os maus espíritos das trevas para destruí-los, mas de nada adiantou, pois o amor dos dois era cada vez mais forte.
Com o passar do tempo, o Pajé consentiu o casamento de Paraguai e Cáceres, pois, em seu entendimento, Paraguai era o pássaro branco que caíra do céu.
Assim, organizaram a cerimônia e, no grande dia, em que os dois iam unir-se perante o sol para sempre, Caninana colocou suas mãos suspendidas para céus, blasfemou e gritou aos maus espíritos que viessem em seu favor, pois não iria suportar vê-los tão felizes. E o poder das trevas atendeu ao seu pedido.
O dia transformou-se em noite tempestuosa, com raios a riscar o céu negro, furacões e trovões.
Cáceres e Paraguai abraçaram-se, um protegendo o outro, e fazendo juras que nada iriam separá-lo, mas foi em vão. Caninana lançou a maldade sobre os dois, separando-os para sempre. Cáceres tornara-se terra, para Caninana andar por cima e Paraguai foi lançado a muitos e muitos quilômetros dali, ficando preso dentro do solo. E assim, foram afastados para nunca mais ficarem juntos.
Paraguai, ficando longe de seu eterno amor, dentro do solo, começa a chorar. Suas lágrimas doces de saudades brotaram do chão, foram aumentando, aumentando, deslizando, percorrendo caminhos... Percorrendo caminhos, até que chegou à Cáceres...
A maldade de Caninana não consegue separá-los, Cáceres e Paraguai estão juntos, pois o amor quando é puro e verdadeiro nada consegue separar e destruir.
Cáceres e Paraguai arrumaram uma fora de viver esse amor lado a lado para sempre.
As lágrimas de Paraguai transformaram-se em um rio, o Rio Paraguai, que atravessa dentro do coração de Cáceres. Como sentiu muita saudade, o Rio Paraguai transbordou, dando origem ao Pantanal, habitat natural de muitas espécies de seres vivos.
Atualmente Cáceres e o Rio Paraguai acolhem muitas pessoas e protege os apaixonados.
E Caninana? Como ficou ao final desta estória? Seu pai, magoado com sua maldade pede ao feiticeiro da tribo, que lance sobre ela um encanto e transforma-a em cobra, e quando ela fizer atos de bondade, quebrará o feitiço, mas ela vive até hoje em mergulhada no veneno de sua maldade e cultivando ódio, não consegue ser feliz e ver os outros felizes.
Caninana tenta de todo o jeito destruir Rio Paraguai e Cáceres, através de pessoas que se deixa influenciar pelo seu veneno destrói, devasta as margens do rio, ataca os animais silvestres, as plantas trazendo muita tristeza para o ecossistema.
Vamos ajudar a preservar esse amor... Não deixemos influenciar pela maldade de Caninana, protegendo o Rio Paraguai, o Pantanal e a cidade de Cáceres-MT.
Rio Paraguai e Cáceres, sejam felizes para sempre!
KHASSANDRA GREEN
Enviado por KHASSANDRA GREEN em 05/07/2006
Código do texto: T188283