quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Um coracao todo preenchido com DEUS...



Um coração todo preenchido com DEUS é um coração feliz!
Não há lugar para maldade ao próximo...
Pode vir a tormenta, mas as mãos de DEUS te segura...
Um coração todo preenchido com DEUS sabe que a vida e feita de momentos bons e ruins como a maré do mar... E não se desespera!
Sabe que o meu próximo é meu irmão e tenho que amá-lo sem distinção de raça, cor e religião...
Não tem lugar para preconceitos... Fofocar, caluniar e denegrir teu irmão!
Um coração preenchido todo em DEUS é leve e semeia amor por onde caminha...
A falsidade, atos ilícitos, corrupção e desonestidade não existem!
Querer levar vantagem em tudo é coração vazio meu irmão!
Preencha-o com DEUS! E veras tua vida mudar... A vida ira lhe sorrir!
O caminho errado só lhe trará contrariedade... O certo é com DEUS!
O meu irmão precisa de amor e não de ser apedrejado...
Quando falar que ama DEUS tem que amar nosso próximo, não existe amor ao nosso PAI se eu procuro destruir meu irmão!
Por mais humilde que seja suas mãos... Ajude.
Por mais duro que seja seu coração... Perdoe.
Quando não tiver mais saída... DEUS te conduzirá...
E se sentir-se injustiçado... A justiça de DEUS nunca falha!
Se não tens mais esperança: DEUS é a realização de todos seus sonhos...
DEUS é  amor! Preencha teu coração todinho com ELE e saberás vencer as tempestades da vida... Terás forças contra o mau... E amarás teu próximo como a ti mesmo!
Vencerá a ti mesmo transformando as barreiras do ódio, inveja, egoísmo em AMOR...
Não existe FELICIDADE sem DEUS!
 
KHASSANDRA GREEN
Enviado por KHASSANDRA GREEN em 14/12/2011
Reeditado em 14/12/2011
Código do texto: T3388640

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

RIO PARAGUAI E CÁCERES – Amor infinito! 233 anos...

 


Num lindo bosque encantado, cercado por montanhas e lindas cachoeiras, havia uma tribo indígena, onde viviam todos em perfeita harmonia.
Nessa tribo havia o pajé, pai de duas lindas índias, Cáceres e Caninana, entretanto havia uma diferença entre as duas, enquanto Cáceres tinha um coração bondoso, a outra extremamente má.
Cáceres possuía uma rara beleza, seus olhos e cabelos eram negros como a noite sem luar, tua pele tinha o frescor das frutas silvestre, o lindo sorriso iluminava a todos como um raio no céu a riscar e possuía uma doçura do néctar das flores.
Caninana embora muito bela, seu coração ardia à inveja da alegria de viver de Cáceres, que com seu jeitinho meigo fazia amizade com os demais da tribo e até mesmo com os animais.
Um dia, Cáceres passeando pelo bosque e contemplado as cachoeiras, acariciando as flores em seu manto verde, escutando o cantar dos pássaros e os raios do sol a cintilar sobre as lindas borboletas em seus majestosos voar, encontrou um rapaz desmaiado, quase sem vida. Cáceres buscou ajuda, e com a permissão do Pajé, começou cuidá-lo com carinho para sua vida salvar, e o curandeiro da tribo ajudou-a com suas ervas infalíveis e suas orações aos espíritos da mata e o deus Sol.
Caninana a distância morria de inveja e raiva de sua irmã ter encontrado o rapaz que era tão belo.
O rapaz agonizou algumas luas, e Cáceres não deixava teu leito. Porém um dia ele despertou, e ao abrir seus olhos azuis como as águas das cascatas límpidas, se depararam com os negros olhos de Cáceres... E foi amor à primeira vista! Seu nome era Paraguai, príncipe de um reino distante, e se perdeu na floresta... Andou sem rumo dias e dias, alimentando-se somente de frutas silvestres. O rapaz possuía a brancura de uma garça banhada pelo luar e seus cabelos com a cor das penas de um bem-te-vi.
O tempo foi passando... Cáceres e Paraguai enamoravam apaixonadamente através do olhar, trocavam experiências de suas culturas.
Espreitava-se Caninana ao olhá-los a distancia, com sua ira e ciúmes de vê-los felizes, pois ela não suportava ver a felicidade dos outros. Dentro dela havia lugar só para infelicidade e maldade.
A delicadeza de Cáceres tomou o coração do jovem príncipe, sendo esse amor recíproco.
Caninana invocou os maus espíritos das trevas para destruí-los, mas de nada adiantou, pois o amor dos dois era cada vez mais forte.
Com o passar do tempo, o Pajé consentiu o casamento de Paraguai e Cáceres, pois, em seu entendimento, Paraguai era o pássaro branco que caíra do céu.
Assim, organizaram a cerimônia e, no grande dia, em que os dois iam unir-se perante o sol para sempre, Caninana colocou suas mãos suspendidas para céus, blasfemou e gritou aos maus espíritos que viessem em seu favor, pois não iria suportar vê-los tão felizes. E o poder das trevas atendeu ao seu pedido.
O dia transformou-se em noite tempestuosa, com raios a riscar o céu negro, furacões e trovões.
Cáceres e Paraguai abraçaram-se, um protegendo o outro, e fazendo juras que nada iriam separá-lo, mas foi em vão. Caninana lançou a maldade sobre os dois, separando-os para sempre. Cáceres tornara-se terra, para Caninana andar por cima e Paraguai foi lançado a muitos e muitos quilômetros dali, ficando preso dentro do solo. E assim, foram afastados para nunca mais ficarem juntos.
Paraguai, ficando longe de seu eterno amor, dentro do solo, começa a chorar. Suas lágrimas doces de saudades brotaram do chão, foram aumentando, aumentando, deslizando, percorrendo caminhos... Percorrendo caminhos, até que chegou à Cáceres...
A maldade de Caninana não consegue separá-los, Cáceres e Paraguai estão juntos, pois o amor quando é puro e verdadeiro nada consegue separar e destruir.
Cáceres e Paraguai arrumaram uma fora de viver esse amor lado a lado para sempre.
As lágrimas de Paraguai transformaram-se em um rio, o Rio Paraguai, que atravessa dentro do coração de Cáceres. Como sentiu muita saudade, o Rio Paraguai transbordou, dando origem ao Pantanal, habitat natural de muitas espécies de seres vivos.
Atualmente Cáceres e o Rio Paraguai acolhem muitas pessoas e protege os apaixonados.
E Caninana? Como ficou ao final desta estória? Seu pai, magoado com sua maldade pede ao feiticeiro da tribo, que lance sobre ela um encanto e transforma-a em cobra, e quando ela fizer atos de bondade, quebrará o feitiço, mas ela vive até hoje em mergulhada no veneno de sua maldade e cultivando ódio, não consegue ser feliz e ver os outros felizes.
Caninana tenta de todo o jeito destruir Rio Paraguai e Cáceres, através de pessoas que se deixa influenciar pelo seu veneno destrói, devasta as margens do rio, ataca os animais silvestres, as plantas trazendo muita tristeza para o ecossistema.
Vamos ajudar a preservar esse amor... Não deixemos influenciar pela maldade de Caninana, protegendo o Rio Paraguai, o Pantanal e a cidade de Cáceres-MT.
Rio Paraguai e Cáceres, sejam felizes para sempre!
KHASSANDRA GREEN
Enviado por KHASSANDRA GREEN em 05/07/2006
Código do texto: T188283

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mãe...

 


Que saudades eu sinto de ti.
Essa distância entre a vida e a morte é tão difícil de superá-la... Impossível!
Em meus sonhos tenho-a pertinho e em seus braços me envolvo e fico protegida!
Dia das mães 08/05 esse ano será também meu aniversário. Certamente será um dia triste por não tê-la comigo.
Hoje me agarro em meus filhos tentando cuidá-los, pois sei que eles eram teu tesouro.
Sua partida deixou-nos perdidos... Faltando um enorme pedaço... E quanto mais o tempo passa, nós sentimos mais e mais tua falta. Mãe, a senhora dava vida as nossas vidas!
O que eu acho pior na vida é não ter a segunda chance... Queria fechar os olhos e voltar ser criança e ser mimada por ti.
Lá se vão quase cinco anos... E meus olhos continuam rolando lágrimas de saudades da senhora!
Penso se existisse alma por que não apareces para mim. Mãe se eu tivesse morrido nada me deteria iria ficar pertinho de ti.
Eu te amo muito e se existisse infinitas vidas eu imploraria a Deus para passá-las todas ao teu lado, do meu pai, Ilídio e meus filhos.
Eu curto muito meus filhos e todos que amo, pois sei quanto dói uma separação.
Mãe, eu perdi tudo só tenho eles agora, às vezes caio... Fraquejo... Não sou forte como tu eras.
Eu te admirava pela pessoa honesta, forte, trabalhadeira e que enfrentava tudo de cabeça erguida.
Analiso que em tua vida tivestes mais sofrimentos que alegrias. Uma vida de trabalho incansável! Não pude te dar uma vida de conforto, isso me frustra tanto. Nunca te vi triste, havia sempre um sorriso lindo em seus lábios e tinha uma mão amiga pra oferecer ao teu próximo.
Sempre me dizias que quando morremos viramos estrela, sei que não era verdade e sim uma forma para amenizar minha dor quando perdi meu pai. Mas em teu caso mãe não viraste estrela e sim um anjo!
Mãe eu te amo! É meu anjo... Minha luz!
FELIZ DIA DAS MÃES... E peço a Jesus que foste filho e que amou sua mãe cuide da minha... Pois aqui tem o coração de uma filha retalhado de saudades.
E dia 08/05 te espero mesmo que seja em meus sonhos...

KHASSANDRA GREEN
Publicado no Recanto das Letras em 05/05/2011
Código do texto: T2950687

terça-feira, 3 de maio de 2011

por Renato Ladeia

 

sábado, 26 de junho de 2010


MEU PRIMO JOÃO

Na minha infância o primo João era um herói. Um herói de verdade, de carne e osso, com as suas qualidades, defeitos e contradições. Ele sempre esteve envolvido em aventuras e desventuras. Às vezes vivia nas nuvens, outras na vida real. Lembro-me de que um dia apareceu em nossa casa sobre uma Harley Davidson, a lendária motocicleta norte-americana, hoje ainda desejo de consumo de muita gente. Havia chegado de Araçatuba, interior de São Paulo, percorrendo mais de 600 km. Contava que havia sido uma viagem cheia de imprevistos, perseguições, acidentes e muitos perigos pelo caminho. As histórias que lembram o filme americano Rota 66. Tudo acontecia com ele. Amores impossíveis, episódios de valentia e as fugas espetaculares, como a de uma festa em que todos os rapazes da cidade, enciumados, cercaram a casa para pegá-lo. Ele, com a ajuda de algumas garotas, saiu pelo telhado e saltou sobre sua moto e disparou por um cafezal. A moto, já bem velha, quebrou várias vezes pelo caminho e ele com suas aptidões de mecânico, herdadas do pai, conseguia fazer os reparos, sempre de forma genial e improvisada.
Minha mãe pegou uma carona na garupa do sobrinho para ir ao trabalho. Esse dia foi inesquecível para ela que diariamente pegava um ônibus velho e barulhento para ir de São Caetano até a Mooca onde trabalhava nos anos cinqüenta. Durante meses e anos ela contava a eletrizante aventura de rodar a cem por hora nas avenidas pelas avenidas paulistas na garupa de uma motocicleta. Soube depois que na volta, trocou a moto por um caminhão e aproveitou a viagem para fazer um carreto. Desde muito jovem já tinha faro para os negócios.
O João serviu a aeronáutica no Rio de Janeiro, onde moravam seus avós maternos e de lá mandou uma foto com roupa de soldado que para nós era de capitão. E ele não deixava por menos e contava que pilotava aviões escondido do comandante. Numa dessas vezes teria sobrevoado o Rio de Janeiro, o que lhe valeu alguns dias no xadrez do quartel. Verdade ou invencionice? Nunca fiquei sabendo, pois nunca tive coragem de lhe perguntar. Papai não acreditava muito nessas histórias do João e sempre dizia: “É um bom contador de histórias, mas não sei se é tudo verdade” ou como dizem os italianos: “non sei se vero, ma beni trovato”. Mas ele adorava o João e se divertia muito com as suas histórias.
A vida aventureira parece ser uma saga da família Ladeia, que chegou ao Brasil no século XVIII e se espalhou de norte a sul. Meu tio Elisiário, irmão do pai do João, era também um típico aventureiro. Nos anos trinta, largou um bom emprego de guarda-livros no Rio de Janeiro para se engajar na revolução de 1932. Depois disso, nunca mais parou em lugar algum. Morou em vários estados do Brasil e países da América do Sul, de onde mandava cartas e fotografias, com dedicatórias aos pais e irmãos, algumas delas ainda conservadas em um velho álbum de retratos da família. Numa dessas viagens, foi preso em Buenos Aires sem documentos. Sua libertação somente foi possível graças às intervenções de parentes influentes de minha avó. Outro tio, José, resolveu ganhar a vida como boiadeiro ou tocador de boiadas. Transportava bois entre Goiás, Mato Grosso e São Paulo, mas morreu moço, com menos de 30 anos, ao cair de um burro bravo, e suas muitas histórias ficaram na memória dos irmãos e sobrinhos. Elas eram contadas por minha mãe nos serões que ela fazia nas longas noites de verão.
João ficou órfão de pai muito cedo. Sua mãe se casou novamente com um também viúvo, um italiano cheio de filhos. A vida para ele foi muito dura e ele teve várias profissões para sobreviver. Começou como sapateiro, depois mecânico, comerciante e finalmente fazendeiro e pecuarista. Estudar mesmo, só o primário. Ele foi um típico self made man, um homem que venceu na vida através de muito trabalho e também muita sagacidade. Casou-se com Rosa Barranco de uma família de espanhóis de nossa cidade com quem teve três filhos: Jorge, Sonia e João. Mudou-se depois com a família da esposa para o Paraná onde, tempos depois, conseguiu comprar suas próprias terras e cultivar café. Posteriormente se estabeleceu em Mato Grosso, na cidade de Cáceres, no extremo oeste do estado, como um típico pioneiro do velho oeste americano.
Era um sujeito realmente carismático, dotado de grande simpatia e boa conversa; conseguia se entronizar com facilidade em qualquer ambiente. Com muita lábia, sempre teve trânsito fácil entre autoridades e políticos. Dono de uma inteligência aguçada era capaz de se embrenhar em qualquer assunto, apesar da pouca instrução. Tinha uma memória surpreendente sendo capaz de recitar longos textos de filosofia ou de poesia.
Em 1983 fui visitá-lo em Cáceres, Mato Grosso, onde o encontrei bem estabelecido, com uma boa fazenda, gado e avião. Percorremos de carro suas terras no sem fim no cerrado mato-grossense, onde onças ainda vigiavam a floresta. Na sala da sede da fazenda expunha orgulhoso uma enorme pele de onça, fruto de uma caçada que durou alguns dias, pois a fera estava devorando o gado na invernada. Ao ouvir seu relato sobre a caçada da pintada, revivi os tempos de criança em que ouvia atento as histórias do primo. Apesar da caçada da onça, o João mostrou-se um fazendeiro preservacionista que não permitia caça ou corte de árvores em sua propriedade.
Mas nem tudo foi alegria na vida do velho João. Há alguns anos perdeu seu primogênito, Jorge, seu braço direito, juntamente com o neto em um acidente rodoviário. João não mudou seu modo de agir, mas tornou-se menos apegado às coisas, conforme uma recente conversa que tivemos por telefone. No ano passado passou por uma grave cirurgia, que lhe removeu a maior parte do estômago. Pouco tempo depois, ainda fazendo quimioterapia, resolveu pilotar o seu monomotor, acompanhado de um dos seus netos, João Vitor. O avião caiu ao aterrissar no aeroporto de Cáceres. O seu neto escapou ileso, mas o João ficou gravemente ferido e veio a falecer na última sexta-feira, após alguns dias internado.
Ai está um pouco da história do meu primo, João da Silva Ladeia, um herói anônimo, desses muitos que campeiam pelo Brasil e constroem o país, desbravando sertões e fazendo história e histórias.