Sim, não se espante... Do lixo nasci!
Pequeno, raquitico e frágil...
Meu suposto pai... Meses antes foi morto! Traficante, latrocida e muito mais...
Nasci dentro de uma cadeia... Fui liberto duas vezes... Uma ao nascer e a outra quando minha avó me buscou...
Minha mãe... Traficante! E lá ela permaneceu... Cumprindo pena do crime que cometeu...
Fui crescendo nem sei como... Com proteção de Deus! Não sei se em mim ela pensava...
Minha avó extrema pobreza, embriagada e um coração rasgado pela vida... Paciência não tinha... Amor não existia! Olha só o que me ensinava...
Pedir uma esmola alí outra acolá... Lembro das surras e castigo por ter trazido pouco dinheiro... De um você não presta para nada... Por que você nasceu!
Talvez tenha visitado minha mãe na cadeia. Eu não sei...
Um dia em casa ela chegou... Fiquei tão feliz! Ela nem me olhou...
E assim acompanhei-a vendo a vida que ela tinha... Homens que nunca vi, as mãos pelo corpo dela passava! Bebia... Chorava... Traficava... Apanhava! Deus que desespero, ela era minha mãe e não me amava!
Presa novamente, eu já estava com meus 11 anos finalmente... Olhando ao meu redor com lágrimas nos olhos pensei...
Que vida é essa sem vida! Caminhos que não quero pra mim! Do lixo nasci, mas posso escolher a vida que quero ter sim...
Percorrendo pelas ruas sozinho... Durmindo ao chão, com fome e frio... Confundido com ladrão, malandro, vagabundo... Um bandido!
Não eu não sou! Gritou meu coração! Pedi ajuda há muitas pessoas... Desconhecidos... Uns com olhar piedoso, outros com medo e uns até me achavam louco!
Um dia exausto de sofrer... Quase sem esperança... Vi uma casa grande toda iluminada... Fiquei alí assistindo pela vidraça coisa mais linda uma família reunida numa mesa jantando... Senhor pus-me a orar. Como é lindo um lar! Eu nunca tive isso senhor... E comecei a chorar! Quando percebi um homem aproximou do portão e disse-me “-Quer um prato de comida menino.”
E eu nem sei se fui eu que respondi ou algum anjo se alojou de mim...
“- Senhor... Quero vida! Arruma-me algo pra fazer em troca de comida... Prometo que não vai se arrepender!”
Destino não sei... Ele abriu o portão segurou-me pela mão... Deu-me comida, amor e vida... Família unida!
Tive um pai, uma mãe e irmãos... Nunca fizeram distinção...
Estudei, formei e virei doutor... Orgulho da família que me criou.
Um dia perguntei... Pai porque ficaste comigo?
Ele me disse “-No dia que te vi no meu portão, pensei que estava com fome... Que me custava lhe dar um pouco de pão! Mas sua sinceridade tocou fundo o meu coração... Voce estava com fome de amor... Fome de vida! Cansado da dor!”
O tempo passou... Homem feito! Em busca da minha mãe eu fui...
Precisava dar-lhe carinho e amor... Pois assim eu pensava se ela não sabe o que é amor, é porque nunca ninguém lhe ensinou...
E a velhice lhe chegou com tantas marcas que a vida lhe deixou...
Dei-lhe tanto amor. Cuidava-a com carinho e lhe dizia “-Mãe tu és minha flor! Eu te amo tanto”
E ela respondia... “- Como podes me amar se nunca te dei amor?”
E os anos foram passando... e um dia ela me disse... “- Filho eu te amo tanto... Hoje sei o que é o amor... Como pude viver tanto tempo sem ti... Vejo que não tinha vida! Pois minha vida era você!”
E eu... “-Mamãe... Eu te ensinei a me amar!
Hoje tenho uma grande família... Pai, duas mães, irmãos, sobrinhos e esposa... Filhos meus... E filhos que a vida escolheu pra mim.
Pergunta-se: “ -Tudo tão perfeito? Não tem problemas?”
Tenho mil problemas... Mas também tenho mil amores para superar mil problemas!
Uma mão com amor pode mudar uma vida... Do lixo nasci... E fiz do lixo o luxo de ler as linhas do coração! Entender a dor do meu irmão... Ninguém gosta de sofrer!
Agradeço ao meu pai que abriu o portão... não só da tua casa, família e sim da tua alma e do teu coração!
A vida não escolhe a vida que iremos ter... A escolha é nossa!
Pequeno, raquitico e frágil...
Meu suposto pai... Meses antes foi morto! Traficante, latrocida e muito mais...
Nasci dentro de uma cadeia... Fui liberto duas vezes... Uma ao nascer e a outra quando minha avó me buscou...
Minha mãe... Traficante! E lá ela permaneceu... Cumprindo pena do crime que cometeu...
Fui crescendo nem sei como... Com proteção de Deus! Não sei se em mim ela pensava...
Minha avó extrema pobreza, embriagada e um coração rasgado pela vida... Paciência não tinha... Amor não existia! Olha só o que me ensinava...
Pedir uma esmola alí outra acolá... Lembro das surras e castigo por ter trazido pouco dinheiro... De um você não presta para nada... Por que você nasceu!
Talvez tenha visitado minha mãe na cadeia. Eu não sei...
Um dia em casa ela chegou... Fiquei tão feliz! Ela nem me olhou...
E assim acompanhei-a vendo a vida que ela tinha... Homens que nunca vi, as mãos pelo corpo dela passava! Bebia... Chorava... Traficava... Apanhava! Deus que desespero, ela era minha mãe e não me amava!
Presa novamente, eu já estava com meus 11 anos finalmente... Olhando ao meu redor com lágrimas nos olhos pensei...
Que vida é essa sem vida! Caminhos que não quero pra mim! Do lixo nasci, mas posso escolher a vida que quero ter sim...
Percorrendo pelas ruas sozinho... Durmindo ao chão, com fome e frio... Confundido com ladrão, malandro, vagabundo... Um bandido!
Não eu não sou! Gritou meu coração! Pedi ajuda há muitas pessoas... Desconhecidos... Uns com olhar piedoso, outros com medo e uns até me achavam louco!
Um dia exausto de sofrer... Quase sem esperança... Vi uma casa grande toda iluminada... Fiquei alí assistindo pela vidraça coisa mais linda uma família reunida numa mesa jantando... Senhor pus-me a orar. Como é lindo um lar! Eu nunca tive isso senhor... E comecei a chorar! Quando percebi um homem aproximou do portão e disse-me “-Quer um prato de comida menino.”
E eu nem sei se fui eu que respondi ou algum anjo se alojou de mim...
“- Senhor... Quero vida! Arruma-me algo pra fazer em troca de comida... Prometo que não vai se arrepender!”
Destino não sei... Ele abriu o portão segurou-me pela mão... Deu-me comida, amor e vida... Família unida!
Tive um pai, uma mãe e irmãos... Nunca fizeram distinção...
Estudei, formei e virei doutor... Orgulho da família que me criou.
Um dia perguntei... Pai porque ficaste comigo?
Ele me disse “-No dia que te vi no meu portão, pensei que estava com fome... Que me custava lhe dar um pouco de pão! Mas sua sinceridade tocou fundo o meu coração... Voce estava com fome de amor... Fome de vida! Cansado da dor!”
O tempo passou... Homem feito! Em busca da minha mãe eu fui...
Precisava dar-lhe carinho e amor... Pois assim eu pensava se ela não sabe o que é amor, é porque nunca ninguém lhe ensinou...
E a velhice lhe chegou com tantas marcas que a vida lhe deixou...
Dei-lhe tanto amor. Cuidava-a com carinho e lhe dizia “-Mãe tu és minha flor! Eu te amo tanto”
E ela respondia... “- Como podes me amar se nunca te dei amor?”
E os anos foram passando... e um dia ela me disse... “- Filho eu te amo tanto... Hoje sei o que é o amor... Como pude viver tanto tempo sem ti... Vejo que não tinha vida! Pois minha vida era você!”
E eu... “-Mamãe... Eu te ensinei a me amar!
Hoje tenho uma grande família... Pai, duas mães, irmãos, sobrinhos e esposa... Filhos meus... E filhos que a vida escolheu pra mim.
Pergunta-se: “ -Tudo tão perfeito? Não tem problemas?”
Tenho mil problemas... Mas também tenho mil amores para superar mil problemas!
Uma mão com amor pode mudar uma vida... Do lixo nasci... E fiz do lixo o luxo de ler as linhas do coração! Entender a dor do meu irmão... Ninguém gosta de sofrer!
Agradeço ao meu pai que abriu o portão... não só da tua casa, família e sim da tua alma e do teu coração!
A vida não escolhe a vida que iremos ter... A escolha é nossa!
KHASSANDRA GREEN
Código do texto: T4060088
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