quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Segure minhas mãos e me ensina a caminhar...




Ensina-me a caminhar na fé e humildade e redenção...
Não me deixe cair. Mas se acaso eu cair segure forte minhas mãos e me ensina a persistência, serenidade, desapego e esperança.
Não importe se caminho descalço em pedras pontiagudas e que meus pés sangram... Segure minhas mãos e me ensina ser justa, sábia, leal, grata e prudente!
Caso eu cair, levanta-me e caminhe comigo mesmo que eu me desespere, chore e reclame. Mostre o caminho da compreensão, coragem, integridade, benevolência e compaixão.
E haverá momentos que eu pensarei em desistir! Muitos e muitos momentos... E vou te implorar para me deixar ali caída quase sem vida. Não me dê ouvidos segure firmemente minhas mãos e me ensina ser otimista, prudente, forte, paciente, honesta, generosa e responsável.
Não me deixes, mesmo que eu te pedir! Segure minhas mãos!
E se acaso eu não aguentar mais e minh’alma cansar, coloca-me no colo, JESUS e eu envolto com minhas mãos em seu pescoço, tão frágil, pequena diante de tua grandeza, irei me aconchegar e me ensinarás o AMOR!
Aquele amor tão puro que emanará luz do meu olhar ao meu semelhante. E segure minhas mãos e não as soltem jamais. Pois a jornada é longa, perigosa e turbulenta. Mas suas mãos me fortalecerão mostrando a luz através do amor e dando paz ao meu coração.
Nunca me abandona JESUS, pois não há felicidade sem os teus ensinamentos.
Ensina-me a viver e caminhar segurando suas mãos!

KHASSANDRA GREEN
Enviado em 29/05/2014
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A saudade que tenho...



Não tenho saudade daqueles tempos felizes...
Não!
Tenho dos tempos de atribulações...
Sim!
Que passávamos todos os tipos de problemas com alguns momentos de alegrias...
E por mais breve o tempo de alegria sabíamos consumi-los todinho!
Sorvíamos com a alma!
E as atribulações... Eram de todos os tipos! Dificuldades eram tantas...
Mas possuíamos uma força para enfrentá-las e discernimento para contorná-las se necessário...
Éramos três! Eu, meu Pai e minha mãe. Fortes! Existia amor, união e cumplicidade. Adivinhávamos os pensamentos um do outro e um olhar dizia tudo!
Saudades do tempo que os minutos eram valorizados, pois eram conquistados às lágrimas. Vencer um ano e derrotar os problemas é fácil. Difícil e exaustivo e conviver lado a lado com eles durante anos e anos tornando algo já rotulado em teu coração.
Sinto sim saudade da inabalável força que meus pais tinham e eu ali junto tentando ajudá-los.
Uma família de três pessoas... Tão pequena! Tão forte! Doenças, perdas, privações, solidão, perseguições, abandono...
Minha mãe que éramos três... Comentava sobre o Éramos Seis de Maria José Dupré, publicado em 1943. “- Filha o importante é estarmos vivos.”
Ela tinha um medo terrível de perder meu pai (sempre adoentado) e eu.
Então tenho saudade das aflições e problemas... Pois não importava o que estávamos passando o amor entre nós três era tão grande que superava tudo em sorriso!
O tempo passou. Meus pais se foram pra outro plano! Casei tive dois filhos... Éramos quatro... Separei e novamente éramos três! Casei novamente... Que legal somos quatro! Companheiro resolveu também ir para outro plano! Novamente três... Agora somos quatro novamente...
Mas, tenho saudade do início: os três...
Hoje através de luta temos um pouco de conforto que nunca tive em outrora.
Somos quatro... E falta-nos a força, o amor, a união de contornar certos problemas. Existe um individualismo com uma dosagem excessiva de egoísmo.
Hoje tudo tão fácil.
- Fogão a gás, não precisa rachar lenha e ter aquele trabalhão de acender o fogo. O sopra dali e daqui pra iniciar uma chama!
- Água encanada... Abre a torneira e pronto. Banheiros e chuveiros. Não precisa puxar água no poço e tomar banho de balde. E o banheiro? A tal antiga cisterna!
- Energia elétrica... Coloca o dedo no interruptor e adeus escuridão! Facilitando o trabalho da lamparina que tinha que economizar no diesel. Lembro do cheiro que exalavam e das borras que acumulavam no pavio!
- Brinquedos... De todo os tipos que a natureza podia dar... Carrinhos feitos artesanalmente, bonecas de milho com cabelos loiros, brincadeiras de rodas com colegas, esconde-esconde, banhos em córregos e muito mais. Tive bonecas sim... Kátia, Machão e outras... Mas não com a fartura que vejo hoje por aí. Acabou o sonho infantil, agora vídeo games, celulares e brinquedos caríssimos.
- Material escolar... Adorava o cheiro do material novo. Amava meus cadernos, livros e tudo mais. A caixa de lápis de cor. Cuidava com carinho! Tudo muito caro então tinha que valorizar o sacrifício de meus pais. Hoje vejo o desperdício, competição entre os coleguinhas.
- Alimentação... A maioria do próprio quintal, frutas, verduras, ovos, galinhas, porcos, leite tirado na hora! Infinidade! Macarronada, polenta, frango frito era prato de domingo. Agora é praça de alimentação de shopping, restaurantes e comidas com os nomes estrangeiros. Leite contaminado até com soda!
- Televisão cheias de tecnologias, computadores, tablets enfim tudo que nossos olhos podem ver. Imaginem uma carta demorava meses para chegar e encher-nos de emoção. Televisão a nossa primeira era uma colorado 14" verde água um luxo!
Poderia passar o resto da minha vida descrevendo o que sinto falta... Sim... Dos tempos de atribulações e dificuldade com amor eram fardos fáceis de carregar.
Éramos três... Um gigante no amor!

KHASSANDRA GREEN
Enviado em 04/01/2015
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Olhar âmbar!


Quando meus olhos encontram os seus...
Não é um olhar qualquer,
Inexpressivo... Morto!
Tem sentimentos puros!
Magia! Sensibilidade!
Mistérios...
Que lhe enxergam além de seus olhos...
Desnudam tua alma!
Olhar de loba!
Sou assim quando o meu olhar âmbar encontram os seus...
Sinto-me deliciosamente presa em tuas pupilas!
Viajo pela tua pele! Penetra em teus poros...
Desarmo-me. Fico indefesa!
Entrego-me na beleza de sua Iris...
Eu sou assim... Intensa no amar!
E meus olhos te devoram! Alimento-me de ti!
Sacio em tua carne e sorvo tua alma!
É assim quando meu olhar âmbar encontra os seus...
Não é qualquer olhar.
É da mulher apaixonada na força inesgotável desse nosso amor!
KHASSANDRA GREEN
Enviado em 18/01/2015
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terça-feira, 25 de março de 2014

Brisa de outono...


Estou com a sensação estranha...
Não sei se é esse ar de outono...
As folhas sendo arrastada pela brisa!
E fico pensando nessas folhas...
Folhas caindo!
Escutando o barulhinho.
A necessidade das árvores trocarem de folhas.
E às vezes não consigo trocar velhos e maus hábitos, vícios e coisas da alma!
Queria trocar minhas folhas!
Penso nas folhas! Penso no brisa suave! Que acaricia meu rosto e sopra meus cabelos!
A brisa de outono me deixa assim...
Que toca minha pele parecendo me amar...
Queria que a brisa arrastasse certas lembranças.
Algumas mágoas! Algumas saudades!
Dores...
Nessa noite estou assim com uma sensação estranha!
Tem algo mudando em mim.
Agridoce sensação de estar mudando de folhas.
E elas são levadas pela brisa de outono regada às minhas lágrimas!
Inundando a minha alma de folhas novinhas de amor, paz, bondade, carinho, solidariedade, sabedoria e muita fé em meu DEUS... 
Meu pai!

KHASSANDRA GREEN em 25/03/2014
Código do texto: T4743680 
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sábado, 2 de novembro de 2013

"FIGUEIRÃO" EU TE AMO


Essa notícia me doeu...Quantas e quantas vezes vinhámos do sítio e a parada era ali.
Obrigatória para repor as energias. Detalhe eu só tinha 3 anos de idade. Era eu, meu amado pai e mãe. Naquela época morávamos na Barra da Piraputanga... Tempos difíceis e que eram seis meses de cheia. O chamado "corichão" (áreas alagadas)...
Então quando precisava vim para a Cáceres-MT (10 km) era a pé, bicicleta pois carro era impossível. Embora meu pai tinha um jipão velho.
Falei isso para chegar as sombras do Figueirão.
Uma sombra tão abençoada ao sol escaldante cacerense, mas parecia asas de DEUS a nos proteger.
Na simplicidade uma farofa de galinha em pedaços para matar a fome. E uma mamadeira cheia de leite onde eu mamava acariciando o tronco daquela figueira mãe com os pés.
Alguns querendo assustar dizia ser assombrada... Eu nunca vi nada de mal, só coisas lindas e iluminadas. Uma proteção!
Amor... Como eu amava-a. Toda vez que retorno a Cáceres-MT preciso vê-la. E sinto que ela entende o meu olhar.
Tem outra figueira perto da Chácara do Dr. Ladislau Ramos. Era outra parada. Tinha água limpa para beber e peixinhos lindos.
A simplicidade é a essência da felicidade. Eu fui tão feliz na infância que consigo me encolher e caber nos sonhos da menina-criança.
Cuide dela mesmo que um galho quebrou... Meus galhos também se quebraram pelas andanças da vida...
Mas estou viva! Não deixei essa Figueira morrer ela faz parte dos sonhos de muitas pessoas... Inclusive eu!
KHASSANDRA GREEN
 Em 02/11/2013
Código do texto: T4553180
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sábado, 26 de outubro de 2013

Pedaços de mim...


Oh! Justiça que fazes de mim?
Pedaços estraçalhados!
Sem dó ou piedade!
Torturas-me anos e anos sem fim...
Meus sonhos esfacelados!
Grande é sua atrocidade.
Pensas tu que não sinto dor?
Pedaços de mim todos esmigalhados...
Despertas em mim o rancor!
Oh! Justiça uns dizem que és cega!
E eu afirmo que não tens amor...
Analisas o que então?
Pedaços de mim estão a gritar!
Nunca olhou a verdade do meu coração...
Não sabes das minhas lágrimas a chorar!
Vês Justiça? Sou humana... Tenho sonhos...
E você maldita a me torturar!
Dias após dias fazendo esse meu coração...
Destroçado esperar e esperar!
Uma porcaria de uma decisão...
Que me entristece, deprime  e está a me matar!
Se eu morrer foi você Justiça...
Pois nem meus pedaços já consigo juntar!
Meu corpo cheira a carniça.
Falta-me coragem da minh'alma se libertar!
Oh! Justiça... Sem-justiça...
Pedaços de mim... Pedaços a suplicar!
.
.
.
Cansada de esperar o que é meu de direto
Das mãos dessa JUSTIÇA
Que já não tenho mais respeito
KHASSANDRA GREEN
Em 25/10/2013
Código do texto: T4541918
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